domingo, 5 de dezembro de 2010

Eternos sobreviventes do mundo morto .

Renato Russo dizia que era preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã e que se quisessemos alguém para confiar, que fosse em nós mesmos. Cazuza tentava abrir nossos olhos, alertando que aqui no Brasil eles nos chamam de ladrão, de bicha, maconheiro, e transformam o  nosso país inteiro num puteiro, pois assim ganhavam mais dinheiro. John lennon tentava aguçar nossa imaginação, pedia para imaginarmos todas as pessoas vivendo a vida em paz e todas as pessoas compartilhando com o mundo e ainda reiterava que era um sonhador, mas que não era o único, e esperava que nos unissemos à ele, assim o mundo seria como um só. Bob Dylan alertava que a linha foi traçada, a maldição foi lançada e que o lento seria o rápido mais tarde...E a ordem estava rapidamente se esvaindo, e o primeiro agora seria o último depois, pois os tempos estavam mudando. Bob Marley pedia para escutarmos o que ele cantava, e dizia: "Em sua vida, espere alguma dificuldade, e quando você se preocupa, a faz dobrar, e reiterava inúmeras vezes: Não se preocupe, seja feliz, seja feliz agora." Fred Mercury cantava uma música que dizia que o amor nos desafiava a mudar nossos modos de nos preocupar com nós mesmos. Raul Seixas pediu para vermos que a canção não estava perdida, queria que tívessemos fé em Deus e na vida e sempre tentarmos outra vez e querermos sempre, bastava ser sincero e desejar profundo, pois seríamos capazes de sacudir o mundo. Já dizia Cartola: Ouça-me bem amor, preste atenção, o mundo é um moinho, vai triturar teus sonhos tão mesquinho, vai reduzir as ilusões a pó. Jimmy Cliff cantava em uma de suas músicas que todos os sentimentos ruins desapareceriam. Bom! Todos os artistas citados já se foram fisicamente, mas musicalmente tenho certeza que todos serão "eternos imortais". É tanto que suas frases rodeiam-nos até hoje e nos rodeiarão para sempre, assim como eles. Eles e outros demais fizeram suas partes tentando mostrar ao mundo uma forma correta de viver, indiretamente, ou melhor, diretamente, basta ler acima, o que considero como verso. O problema é que escutamos, escutamos, escutamos, mas nunca tentamos entender e nem absorver o que eles deixaram para nós. Em vez de deixar a música entrar na nossa mente, deixamos-a sair pela janela. Se entedessemos tudo o que esses poetas tentaram  e tentam nos mostrar, com certeza não viveríamos nesse mundo hostil, cheio de injustiça e vaidade, onde consumimos músicas recicláveis, e fazemos papeis de idiotas para representar os nossos 'ídolos' . Agora eu deixo a pergunta: Se interpretassemos ao menos metade do que os gênios tentaram nos passar, não viveríamos mais felizes ?
[Kleber Júnior]'


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